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Dando as caras... Voltando do BR

Oi genteim, voltei... To sumidaça né?
Pois é, algumas coisas acontecendo por aqui, alguns probleminhas, mas nada que nao va ter soluçao... so um pouco de ansiedade, enfim...
Diante disso minha criatividade anda meio down, valendo menos que um terreno atras do cemiterio... (Se bem que falou que é um pedaço de terra, nao importa aonde ta tudo um abuso de caro)... Mas, deu pra entender né?
Ah so falando sobre terreno, pedaço de terra, espaço, enfim... lembrei de uma noticia que ouvi na radio ontem... Na Alemanha, o governo criou um novo imposto, babem.... Sabem essas prostitutas que ficam na rua? Pois é, agora vao ter que pagar uma taxa de ocupaçao do territorio... (seria algo como estacionamento ou algo assim????)... Bom, depois vejo se acho a reportagem em portugues e posto aqui so pra conhecimento. Vai saber né? Que falta de Deus!!!
Mas voltando, eu volteiiiiiiiiiiiii... Dizem que quanto mais a gente coloca a caixola pra funcionar, mais ela rende né? Entao vamos la, nem que for no tranco...

Acho que nao comentei nada sobre minhas impressoes sobre essa ida ao Brasil né?
Claro que foi tudo de otimo e maravilhoso, rever a familia, amigos, cachorro, etc e tal... Mas eu fiquei impressionada em como as coisas aumentaram de preço em um ano.
Aqui na Italia, se so ouve que o Brasil ta bombando, que é a bola da vez, e cada vez mais eu escuto italianos sonhando em cada dia mais rapido fazer as malinhas e irem viver no Brasil. (Inclusive meu marido)...
Mas acho que o erro deles se na hora de  fazer a conversao da moeda. Eles pensam assim:  se um euro vale quase 2,30 reais, isso quer dizer que terei mais do dobro... Doce ilusao heim gente.... Claro se for viver ai com um salario daqui é assim mesmo, mas se tiver que ralar ai, ganhar em reais e gastar em reais acho que a conta fica bem erradinha.
Mas o que quero falar mesmo é dos imoveis... Minhas irmas se casaram e eu ajudei e participei do processo de achar a casa, organizar moveis, etc e tal... Genteimmmm, que horror de caro o tal aluguel...
Uma kitnet em copacabana de 28 metros quadrados custa R$1.220,00 por mes... O que é isso minha gente?????? Ai voce pode dizer, mas claro Aline, voce ta falando do Rio de Janeiro e ainda por cima de Copacabana... Ta bom, entao vamos la pra Montes Claros mesmo, la no interior de Minas, cidade linda (onde nasci), cheia de poeira.... rsrsrs
Entao em Montes Claros tem um bairro chamado Morrinhos, é um bairro que nao deveria custar caro (pelo menos em tese) porque nao é que seja assim tao seguro quanto Copacabana e nem tem a mesma vista e otras cositas mas, mas vamos la... pelo menos é central ... Uma casa pequena, um quarto, sala, cozinha, banheiro e mini area de serviço por R$ 650,00... Oxente genteeeeeeee!!!!
Sem contar no preços dos automoveis, da pizza, dos livros, até das havaianas...  Tudo dobrou!!!
Pesquisando um pouco sobre isso, achei uma matéria bem legal de Heloisa Villela, de Washington... Vejam so:
"Saí com uma equipe da Record prá checar as diferenças e tentar entender o que está acontecendo. Fui parar no escritório de Joel Leite, jornalista especializado no mercado de automóveis que tem um site sobre o assunto (www.autoinforme.com.br). Joel estava escrevendo sobre o Lucro Brasil. Nada de Custo Brasil. Esse tempo já passou. Agora, as empresas estão faturando de verdade.
Pois o Joel se deu ao trabalho, ao longo de vários meses, de destrinchar a composição de preços dos automóveis. Nas ruas de São Paulo, qualquer pessoa repete a ladainha: por que os carros são tão caros aqui? Por causa dos impostos. Gente motorizada e gente a pé, no ponto de ônibus. Não importa. A certeza é a mesma. E ainda tem aquela história do Custo Brasil – seria mais caro produzir mercadorias no país por causa da infraestrutura engarrafada e do custo do capital.
Mas o Joel me explicou que não é nada disso. Ele tirou impostos, alíquotas, etc. e tal e no fim, o carro brasileiro continuava sendo o mais caro do mundo. É isso mesmo. O Brasil, que em 2010 ganhou o título de quinto maior produtor de automóveis e quarto maior mercado consumidor do mundo, em matéria de preços, ganha de todos os outros países. Tamanha produção e tamanho consume jogam por terra qualquer argumentação de que não se tem uma produção em escala suficiente para reduzir os preços.
Então o que?
“Se colar colou”, brincou o Joel meio a sério. Mas a idéia é a seguinte: joga-se o preço lá no alto. Se existe fila pra comprar, se a procura é grande, prá que baixar?  O preço cola e fica. Exemplos?
O Honda City, fabricado em Sumaré, interior de São Paulo, viaja até o México, paga frete, tem que dar lucro para a revendedora, e tal. Bem, os mexicanos compram o carro pelo equivalente a R$ 25.800,00 enquanto os brasileiros desembolsam R$ 56.210,00 pelo mesmo modelo. Pelas contas do Joel, tirando toda a carga tributária, o lucro das concessionárias, e comparando com o preço no México, o fabricante tem um lucro de quase R$ 15.000, por unidade, no Brasil.
Outros exemplos prá matar de ódio o consumidor brasileiro:
O Corolla, que custa o equivalente a U$ 37.636,00 no Brasil, na Argentina sai pelo equivalente a U$ 21.658,00 e nos Estados Unidos, US$ 15.450,00. O Kia Soul, fabricado na Coréia do Sul, chega às lojas do nosso vizinho Paraguai pelo equivalente a US$ 18.000,00 e custa o dobro no Brasil. Haja viagem entre os dois países para explicar tanta diferença… Só mais uma comparação: o Jetta, que custa R$ 65.700,00 no Brasil, sai pelo equivalente a R$ 32.500,00 no México.
O banco de investimentos Morgan Stanley fez um estudo comparativo e concluiu que as subsidiárias brasileiras de montadoras estrangeiras garantem, no Brasil, lucros que não conseguem obter em outros países.  O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, chegou à conclusão de que no Brasil a margem de lucro das montadoras chega a ser três vezes maior do que em outros países.
No site do Joel, teve gente deixando mensagem dizendo que ia sair na rua com nariz de palhaço. Consumidores se sentindo ridículos. Mas o aumento da classe média colocou no mercado uma porção de novos compradores. Acesso ao crédito e demanda aquecida tornaram bem mais fácil aumentar os preços e continuar vendendo.
Como o consumidor brasileiro não vive apenas de automóveis, fui prá rua conferir outras mercadorias. Aqui nos Estados Unidos uma brasileira já tinha me alertado: entrou em uma loja da cadeia espanhola Zara, em Nova York, e comprou uma camiseta por US$ 40,00. Voou para o Brasil e entrou em outra loja da Zara, desta vez em um shopping center de São Paulo. Encontrou a mesma camiseta. Mas com outro preço: R$ 400,00!
É assim também com os preços de sapatos, jeans, computadores e tablets. Eu posso até entender que o Ipad, da Apple, feito nos Estados Unidos, chegue ao Brasil por um preço mais alto por causa do imposto de importação. Mas pagar o equivalente a R$ 1.350,00 nos Estados Unidos e R$ 2.599,00 no Brasil não é diferença demais? E alguns modelos de calça jeans e tênis, que saem de outros países, em geral da Ásia ou da América Central? Encontrei um modelo recente de Nike por R$ 549,90 no Brasil e o par, igualzinho, pelo equivalente a R$ 250,00 nos Estados Unidos.
Se a margem de lucro é a grande responsável pela diferença de preços dos automóveis, será que acontece algo semelhante com outros produtos?
Quando os preços perdem a relação com a realidade, acontece de tudo. Foi o que eu constatei da conversa com a minha mãe, faz poucos dias. Para tratar um problema no joelho, o médico recomendou um remédio chamado Artrodar. E avisou: “procure na farmácia X”. Pois a minha mãe chegou em casa e foi pro telefone. O médico tinha toda razão. Na farmácia citada, a caixa com trinta comprimidos custa R$ 58,00, mas em outra farmácia a mesma caixa estava custando R$ 94,00. Foi fácil decidir onde comprar."
Olha, so digo uma coisa, sei que é bem complexo o assunto, mas em paises mais desenvolvidos o povo nao paga abusos assim nao... Eu vejo aqui, pagar mais de 100 euros numa calça de marca eles nao pagam nem sob ameaça de morte (to falando da populaçao classe média). Enquanto a cultura de pais emergente é mostrar que ta podendo, que passou a epoca de colonia e hoje quem tem grana sao os antigos "escravos" vao la e gastam o salario todinho com "N" pestaçoes so pra aparecer de  jeans Armani e camisa Tommy Hilfiger na festa daquele tal "promoter" da tal sociedade local, grande ilusao, se fazem ainda mais escravos, que desde a epoca da colonizaçao so davam lucro a corte imperial da matriz (so mudou a estrategia, mas o efeito final continua o mesminho e niguem atenta pra isso)... Porque se por aqui ninguém paga esse preço, tem que ter alguém bem vaidoso que pague né?!!!!
"Vaidade, vaidade... nada mais que vaidade!!!"
Vamos pensar nisso!!!